terça-feira, 29 de julho de 2008

Indignação [2]

“Vamos falar mal dos outros também. Esta é, aliás, nossa especialidade.”

Essa é uma frase retirada do primeiro post. E como vocês perceberam, ainda não o fizemos.
É uma lástima. T.T

domingo, 27 de julho de 2008

De volta para o futuro*

Oi galerinha, estou de volta depois de um longo período afastada, como todos sabem meu pc estava enfermo e eu impossibilitada de participar dos nossos encontros virtuais. Muitos poderiam dizer:
- Você já ouviu falar em lan house?
E eu vos respondo:
-Já, e para os assuntos inadiáveis de fim de período foi o recurso que me restou, mas realmente não gosto muito de ir à lan house não, essa história de contagem regressiva de tempo me deixa nervosa.
Mas vamos ao assunto do post, que até tem haver com o que eu estava falando, para que o meu computador pudesse voltar, eu fui obrigada a arrumar o quarto, mas não se espantem, ele ainda está bagunçado. Só que nessa pseudo-arrumação eu achei um artefato meu que há muito tempo eu não via, a minha máquina de escrever. Sim, sim eu tive um desses artefatos arcaicos, ta certo que eu nasci no século passado, mas não faz tanto tempo assim.
Como as coisas mudam rápido neh? Ainda me lembro da minha felicidade em ganhar a minha máquina de escrever de verdade (por que antes eu tinha uma de mentirinha) e agora ela está sem utilidade guardada lá em cima do guarda roupa e eu aqui “ datilografando “ no meu teclado aliviada porque meu pc voltou e já posso postar no meu blog, abrir meu email,ver meu orkut , teclar no msn.....
Num piscar de olhos ficamos totalmente dependentes dos computadores e da internet, como disse o meu tio na última festinha de família:
-“Antigamente todo mundo queria derrubar o sistema, mas agora se o sistema cai uma horinha todo mundo já reclama.”

*O nome do post foi sugerido pelo Chato

♪ Abaixa o Som! ♪ (Parte 2b - Anos 90)

Já leu???
Introdução
Anos 80
Anos 90a

A explosão do funk: explosão demográfica, claro.

Adivinhem, caros leitores. Cá estou, com sono. Mas por que não consigo dormir? Ora, por qual outro motivo? Está acontecendo uma festa na minha rua. Tocando justamente nossos estimados "estilos musicais", objetos de estudo desta série.

Pergunte se tocou algo diferente de funk, forró, pagode, sertanejo, axé, calipso. Claro que não. Música ruim serve pra isso mesmo: encher a p%$#örra do saco dos vizinhos.
Tirando isso, ela não serve pra mais nada. É sério.

Imagina agora uma festa (de rua ou de casa mesmo) com Chico Buarque. Não rola, nem na época da ditadura. Quem quer ouvir Chico Buarque faz sozinho, ou com um grupo pequeno de amigos. Porque quer ouvir mesmo, não quer somente um fundo musical pra rebolar, beber ou conversar. Já a música ruim é perfeita, porque ela é tão ruim que ninguém presta atenção. A não ser na hora marcada pra todo mundo dizer "Crééééuuu" ou pra segurar e amarrar o "Tchan, Tchan, Tchan, Tchan, Tchan". Eu já provei desse veneno. Tentei fazer um tracklist com minhas músicas favoritas pra tocar no meu aniversário. A festa ficou parecendo um velório. Não é porque tudo o que tava na lista era bom, não. É por que faltou o melhor do pior. Faltou, claro, funk, axé e pagode. Hoje eu aprendi. Minhas festas não têm mais música.


Aonde eu quero chegar com isso? Ao funk, senhores, pra começar com uma pancada. Um pancadão, pra ser mais preciso. Eu andei pesquisando sobre o funk dos anos 90 (O da década atual vem num próximo post. *OFF: tá tocando Créu agora na festa, velocidade 5 \o/*). Vi uns clipes, relembrei de umas músicas, conheci outras. E, cara, tem coisa muito boa. Sem brincadeira, isso aqui pode não ser muito rico na letra, nem na melodia. Também não posso dizer que concordo inteiramente com a mensagem. Só que é uma canção forte, que faz refletir. E, putz, isso é raro, mesmo na maioria das músicas desses medalhões da MPB. Eu não tô dizendo que toda manifestação musical é obrigada a trazer um sentido, um "algo a dizer", mas o início do funk carioca foi promissor nesse sentido.
Aí eu pergunto: o que deu errado? Resposta: quem disse que alguém quer refletir? O pessoal quer ir até o "Chão, chão, chão" (*tá tocando isso agora*). Certo domingo, DJ Marlboro disse no Faustão (sempre ele) que o funk é a expressão do favelado, é a mensagem do morro pro asfalto, embebida de cultura e significado. Aí a gente entra no site dele e vê a divulgação de uma gaiola das popozudas da vida. Peraí, essa é a expressão do favelado? Essa, da foto aí de cima??? Eu acho que não. Ele também deve achar mas, como não é bobo, fala o que agrada às famílias e aos pseudo-intelectuais e faz o que agrada a quem interessa: quem compra os discos (piratas na maioria) e paga os ingressos do baile (lembrando que as damas são grátis até meia-noite).


O clipe ao lado é um caso exemplar, pois:

- A letra não é idiota nem idiotizante...
- Mas a mulherada só rebola...
- E o Mc só se anima pra valer quando o Silva morre...

- Dá pra entender?


Cara, reparei em como eu fui condescendente com o funk!!! Será que é o pancadão na cabeça?
Bom, preciso de outro estilo pra descontar (*risada cruel no momento*). O escolhido é o segundo elemento do trio das trevas, apelido carinhoso que eu dei para a tríade funk-axé-pagode.

Se no início, o funk flertava com a causa social, o axé já tem a mediocridade no DNA desde antes de nascer. Lembra do fricote?
Como toda evolução que se preze, o axé conseguiu elevar a idiotia um degrau acima. Um ou mais. Seus "vixe, mainha", "ê, danada", " vai réméxendo, vai" conseguiram provar que o ponto alto das letras eram as vogais: "aê, aê, aê, aê, ê, ê, ê, ê, ôôôôôôôôôôô".
Legais mesmo eram as danças, que viraram moda. Estavam em todas as casas e, principalemente, todas as academias. Com roupas insinuantes, as mulheres dançavam sem parar nas famosas aulas de lambaeróbica. (* Caraca, tá tocando Araketu agora xD*). Uma professora de matemática (minha favorita, por sinal ^^) confessou que já tentou fazer essas aulas pra emagrecer. Não ficou muito tempo. E durante o pouco tempo que ficou, se recusava a colocar o dedinho na boca, pois isso lhe faria reduzir uns 10 pontos no Q.I. toda cada vez.

No vídeo, veja:

- Primeiro, o Jacaré... (não consigo imaginar o que escrever)
- Depois, o resto... e tire suas conclusões.
- Minha conclusão: acho difícil alguém descer tão baixo...
- Ainda bem que haviam as bundas, senão as pessoas se dariam conta do absurdo que é esse tal de axé


Só sei que eu tenho um passado não muito feliz com esse estilo, e conheço muitas pessoas que tentam trazê-lo à tona. Saibam que não conseguirão.

Agora, tá tocando pagode (Alexandre Pires ou SPC, sei lá...) na festa da minha rua. Isso quer dizer que ela está próxima do final. Pois toda festa tem seu final anunciado quando começam as músicas de corno. Essas são pros bêbados chorarem (e dormirem), os casais se beijarem (e saírem pra um local mais reservado), e os donos da festa começarem a varrer tudo, tenha gente na festa ou não.
Porque o pagode é um estilo fim-de-festa por natureza. A melodia é lenta, as letras denotam uma dor-de-cotovelo desgraçada e não é preciso estar sóbrio pra entender, porque qualquer pau d'água compreende (e compõe) aquelas maravilhas que rimam "amor" com "dor", "paixão" com "coração" etc. Ou seja, uma roda de pagode já começa desanimada. E não se enganem, os caras podem estar rindo e batucando, mas aquela música não consegue deixá-los felizes. Não é possível.

O pagode tem um lado bom: é que ninguém leva a sério (só os pagodeiros). Por causa disso aparecem pérolas do You Tube como essas:


Baseados na música "Marrom Bombom", do grupo "Os Morenos", temos quatro exemplos do que se pode fazer com o pagode.

- Humor negro
- Humor escrachado
- Humor coletivo
- Humor involuntário

Quase acertei. Depois do pagode ainda rolou um forrozinho rápido. E fim de festa. Pra eles e pra mim.

Até o próximo post, pois ainda não acabou (infelizmente pra vocês).

Leia também:
Anos 90c

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Indignação [1]

Estou aqui para fazer uma campanha contra as piadinhas de apresentadores de telejornais.

Será que eles não percebem o quanto são inconvenientes?
Será que não dá para falar sobre algo sério sem querer ser engraçadinho?
Será que eles gostam de jogar ralo abaixo (ou melhor, piada abaixo) toda uma carreira?
Será que não percebem o quanto as brincadeirinhas são falsas?

O pior que isso não acontece somente com repórteres em início de carreira. Já ouvi muitas piadinhas de profissionais respeitáveis, de anos de casa (sim, estou falando do conjunto da Globo).
E vejo essa moléstia propagar-se entre os colegas de profissão de outras emissoras.

Abaixo às piadinhas de repórteres!!!!!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

♪ Abaixa o Som! ♪ (Parte 2a - Anos 90)

Já leu?
Introdução
Anos 80

Não se esqueça dos links, hein. Eles estão espalhados tanto nas figuras quanto no texto.


O bom senso foi barrado no baile

Parece até cara-de-pau da minha parte ("...não, Lerdinho, imagina...¬¬") retomar a série que tá abandonada desde fevereiro. Nem vou me dar ao trabalho de enumerar o inumerável, ou seja, os motivos que fizeram essa série tão promissora esperar cinco (!!!) meses por sua continuação. Então, vou combinar com meus amigos leitores: vamos fingir que estamos em fevereiro, no máximo, março. É uma tarde quente de verão, quando só pensamos em tomar um sorvetinho ou uma cerva (pra quem gosta), e eis que surge o post tão esperado. OK? Prossigamos, então.
Pra quem não acompanha o blog desde aqueles tempos remotos, antes podem dar um pulinho aqui e depois aqui.

Voltemos à lista das piores músicas das últimas décadas. Sobre os anos 80, eu só tinha testemunhos reais (minha mãe, por exemplo hehehe) e virtuais, o que eu me lembrava de ter visto nos programas de TV sobre a época e os resquícios que essa cultura deixou.

Agora eu me aventuro num terreno conhecido. Minha infância foi vivida nos anos 90 e, como todos sabem, nossas melhores memórias estão situadas na infância. Exceto a memória musical, é claro. Confesso que vivi o melhor do pior da música noventana (neologismo meu, perdão ^^). Por causa do meu conhecimento de causa, o post ficará enormemente grande e terá que ser dividido. Fiquem então com a primeira parte da segunda parte. Só quero lembrar que não é injustiça com os anos 80. Eu sei que foi muito pior que os 90, mas eu conheço muito pouco e não sou historiador pra fazer esse tipo de pesquisa (nem recebo pra isso hehehehe).

Aproveito também pra sinalizar uma mudança na condução desta "pesquisa". Confesso que me diverti muito fazendo o último post e que gostei bastante do resultado. Mas ficou parecendo que eu queria falar mais dos clipes do que do movimento musical. Claro que os clipes merecem todo destaque possível, já que sua qualidade compete de igual pra igual com as músicas. Mas a partir daqui vou falar mais de música/estilo/artista do que do vídeo. Sem abandonar os vídeos, claro.

Recomeçando...

A década de 80 levou consigo o comunismo, a hiperinflação, o Menudo e uma penca de bandas de rock brasileiras, que cairiam no ostracismo e retornariam com força nos anos 2000 para as chamadas festas Ploc. Mas se alguém esperava um refresco, a década de 90 se mostrou um desastre em termos musicais. Ainda bem que ninguém esperava um refresco.

O que o pessoal esperava mesmo era o Domingão do Faustão, programa favorito das famílias brasileiras, e que sempre trazia uma miríade de vídeocassetadas, pegadinhas e artistas promissores da música sertaneja. A fórmula é simples: pegue um par de matutos do interior de São Paulo ou Goiás, mude seus nomes - se um se chama Roberval e o outro Julicleison, ambos viram Tonhão & Tunico, pronto,- vista-os com ternos e chapéus de caubói e pronto, temos uma dupla sertaneja. Nem precisa ter aulas de canto, porque caipira já sabe cantar naturalmente, e sempre do mesmo jeito (um canta com voz aguda e sofrida, mesmo se a música for alegre e o outro canta falando, ou fala cantando). Veja só no vídeo logo abaixo.
Hoje o sertanejo não faz mais sucesso nenhum, só o Leonardo aparece no Faustão, mas eu acho que o apresentador faz isso de sacanagem com o público. E volta e meia aparece uma dupla repetindo a mesma fórmula de músicas com letras maliciosas cantadas num tom de velório. Não, não dá mais certo.

Repare no vídeo: Leandro e Leonardo - Paz na Cama

- Olhe o Fantástico de novo, dando aquele gás pra nossa música popular.
- Na destreza e, principalmente na alegria de ambos em frente às câmeras.
- Na produção: os fade-ins, os efeitos e, principalmente o casal protagonista


Esse vídeo me fez lembrar da época em que eu me vestia igual ao meu pai e o obrigava a imitar Leandro & Leonardo em frente À TV. Eu era o Leonardo, claro, e meu pai imitava o Leandro direitinho...

A gente percebe que as coisas não estão legais quando as modelos de comportamento de nossas crianças aparecem na TV em trajes sumários, no auge da adolescência falando com uma voz infantilmente sexy e, pior, quando elas resolvem cantar. Eu aceitei sofrer tentativa de assédio sexual pela pinta da Angélica na minha infância, aceitei que a Eliana falasse sobre o que faz com seus dedinhos e até mesmo aceitei que a Xuxa deixasse menininhos alisarem os peitos dela no começo de sua carreira. Mas não posso perdoar esse trio por detonar meus ouvidos e neurônios e não deixaria meus filhos sob a tutela dessas babás. Pra vocês terem uma idéia do que eu tô falando, sabe-se que hoje a Xuxa é uma mãe exemplar (cof, cof...), mas esconde um passado que, além de pedófilo, é satanista. E a Eliana, depois de tentar êxito no ramo do entretenimento adulto (não me interpretem mal, hein...) resolveu jogar tudo pro alto e mandar todo mundo ...

Dá uma olhada nesse: Angélica - Vou de Táxi
- A voz sexy
- As tomadas da câmera pelo seu corpo juvenil
- Se não fosse ridículo, seria excitante.
- O saxofonista
- Era pra ser infantil??? o.O
- MENÇÃO HONROSA: A ausência de um táxi (bela sacada do
Idiota)

Pois bem, termino insatisfeito este post, pois falei demais e dei informações de menos. Vou tentar me controlar mais na próxima, mas é muito difícil xD.
Não percam, pois ainda teremos, só nos anos 90.
- Pagode
- Axé
- Funk
- Boy Bands
- Pop
- ELE

Leia também
Anos 90b
Anos 90c

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Semana do Resgate de Posts!!!!

Olá, visitantes e servos.
Se liguem, pois até domingo águas passadas moverão moinhos.

Quem garante é A Conspiração.

Conspirando é o nosso blog favorito.

Abaixo, voltemos à nossa programação normal.

domingo, 20 de julho de 2008

Eu ainda faço o post prometido {sorriso simpático aqui}

Eu iria escrever algo engraçadinho a partir de uma idéia da minha irmã Rebeca Carolina (sou vilã mas seu valorizar as pessoas xD), mas não estou muito no espírito engraçadinho hoje. Aliás, quem me conhece sabe que não faço o estilo engraçadinho (tá, tentarei não escrever mais engraçadinho/a e afins).

E me pergunto agora por que escrevo. “Qual é o real motivo, Vilã?” Não sei a resposta.
Talvez seja influenciada pela leitura de outros blogs (alguns, por incrível que possa parecer, me fizeram refletir);
talvez por me sentir em dívida com o blog;
talvez pelo ócio de domingo;
talvez por estar ouvindo Zeca Baleiro;
talvez pela tristeza que me invade (confesso: não estou bem);
talvez por sentir um vazio;
talvez por pensar que “tempos difíceis estão por vir”;
talvez por me sentir de saco cheio de tudo;
talvez por nada;
talvez por tudo;
talvez por todas as razões acima.

Só tenho certeza pelos dois motivos abaixo:
1º argumentos de O Lerdo sobre por que escrever num blog;
2º seguinte comentário do responsável pelo blog Brócolis X: "Bom, Agamenon reclama que só têm 17 leitores; eu continuo escrevendo para ninguém, isso nem de longe me fere, tampouco me faz parar."

Daí, vi que preciso expor de alguma forma o que sinto. Talvez esse blog não seja o veículo indicado, ou talvez sim. Verei com o tempo. Verei qual será a sensação de me expor. Será que gostarei?
Engraçado (desculpe!) mas não gosto de falar de mim e quero fazê-lo, e não sei por onde começar.
Contarei algo que aconteceu no domingo insosso e que me fez pensar.

Pois bem, estava eu lendo quando o telefone tocou. Número desconhecido. Uma voz de mulher fala:
- Oi, feliz dia do amigo. Eu te amo muito. Você é muito importante para mim. (rindo)
Silêncio de minha parte enquanto tentava raciocinar e descobrir de quem era aquela voz (sou péssima nisso). Até pensei que fosse uma mensagem fonada e talz. Afinal, é (era) dia do amigo.
Eu pergunto, tentando ser simpática ao máximo:
- Quer falar com quem?
Resposta:
- Não credito que já me esqueceste (é, foi esse a pessoa usada e sempre rindo).
E eu pensando mil coisas faço a mesma pergunta outra vez.
E ela responde (aqui já meio cantarolando):
- Com a Francis.
Eu (meio aliviada):
- Não é dela esse celular, senhora.
Ela se desculpa, muito sem graça, e desliga.
Depois claro, ri muito.

Porém, depois de rir muito, me entristeci. Senti um vazio. Não sei por quê (percebeu que não sei de nada né?).
Fazendo minhas as palavras da Interesseira numa conversa pelo msn: sou uma mina indecisa. Porém sou indecisa em relação aos meus sentimentos. Já escrevi uma vez sobre mim: “Sou um amontoado de sentimentos muitas vezes contraditórios”. E não sei o que fazer com eles. Acho que ninguém sabe. {sorriso triste aqui}

Não me interprete mal. Não quero receber elogios, conselhos, muitos comentários. Quero me expor para ver no que isso dá. Hoje sinto uma necessidade de falar, mas não quero conversar com ninguém em particular. Confesso que tenho um pouquinho de esperança que ninguém leia esse rol de bobagens.
Nem estou tentando ser sentimental. Não sei sê-lo.

Acho que preciso de um psicólogo.

Ficarei por aqui, papel (não resisti Huahuahuahuahauhuahua).
Gostei de escrever, apesar de não ter conseguido dizer o que realmente quero. E adivinhe: não sei ao certo o quê.

PS: Um dia faço o post prometido. E já que falei de Zeca:

pra que que eu vou cantar
se você não vai escutar
a voz do coração
deste compositor popular
não não não vou chorar
se bem que eu tinha razão
mas isso não é bossa nova
nem samba-canção
só quero que você
seja minha ouvinte
mas você não me dá ouvidos
então é o seguinte

fiz essa canção só pra você
mas pra quê?
se você gosta só de mpb
e eu sou puro
puro rock¹n¹roll
com meus três pobres acordes
meu bem acorde
venha ver meu show
(fiz esta canção_zeca baleiro)

sábado, 19 de julho de 2008

Ei, Ei, Ei, Anima Mundi 2008 outra vez!

Não, não havia a menor intenção de dar alguma melodia ao título.

Prometi que não mais falaria do Anima Mundi 2008.

Mas há duas coisas que não poderiam passar em branco da visita que fiz ao festival na quinta-feira.

A primeira é que vi o melhor filme do festival até agora (devo ir amanhã, então darei um UPDATE pra informar se a opinião se manteve)

Um australiano chamado "Ephemeral", na mostra Panorama 4. A qualidade técnica da animação é de babar e o roteiro é o que tem de melhor no nonsense que esse tipo de filme inspira. Uma criatividade sem limites do autor, tanto pra conceber a idéia quanto pra desenvolvê-la. E um final pra fazer você não desgrudar da poltrona do cinema, tamanha a tensão.

Espero que minha descrição tenha atiçado a curiosidade de vocês ^^

A segunda coisa é o que mais me motiva a escrever aqui. E não é nada legal.

Gostaria de desabafar e perguntar se isso acontece com vocês também ou é perseguição com a minha pessoa.

MAS NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE UM CASALZINHO FICA SE PEGANDO DO MEU LADO. Com direito a barulhos de beijos melados e sussurros em voz infantil que só os apaixonados sabem fazer.

Gente, gostar de alguém é muito bom mas, por favor, gostem em casa xD

Tá bom, exageros à parte, eu não vejo a menor necessidade de pagar três reais pra ficar se engolindo beijando numa sala onde tá passando desenho e, pior, atrapalhando a concentração de quem QUER ver o desenho. É meio ridículo, não? Quando meu coração de pedra amolecer por alguém, farei questão de que todos saibam, inclusive a eleita (desde que seja correspondido, claro ^^). Mas não preciso ser tão enfático na demonstração. Acho que é por isso que os relacionamentos estão tão efêmeros e superficiais. Somos tão afobados pra exibir nossos sentimentos que esquecemos de entendê-los. Um gesto tão singelo quanto andar de mãos dadas na hora certa vale muito mais do que trocar germes compulsivamente no momento errado.

Portanto, um aviso: cuidado com o afeto exagerado, pra não correr o risco de presenciar uma crise de chatice do Lerdo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Mundo animado

Anima Mundi 2008 traz o retorno triunfal de um ícone.

O Anima Mundi é um evento somente três anos mais novo que eu. Em sua 16ª edição, gênios (e nem-tão-gênios-assim) da animação mundial têm espaço em diversas salas de cinema e vídeo do Rio e de São Paulo pra exibir o que há de melhor na área, tanto nos aspectos técnicos como nos mais subjetivos como roteiro, fotografia, simbologia etc.

Aqui no Rio, o festival começou na sexta-feira 11 e vai até domingo 15. Infelizmente para nossos amigos paulistanos, a mostra ocorrerá somente dos dias 23 a 27 por aquelas bandas. Portanto, amigos da garoa, vocês não podem se atrasar. Façam o que eu digo, mas não o que eu faço, já dizia (e aida diz) a minha avó.

Só ontem consegui tempo para inaugurar o "eu no Anima Mundi". Sou amante de animação desde criança. Tá, qual criança não ama animação. O que eu quero dizer é que até hoje me divirto muito mais vendo um desenho do que um daqueles "filmes pra dizer que eu sou intelectual". Se bem que não é saudável fazer generalizações. Tem muita animação realmente ruim e muito filme cult realmente bom (os intelectuais podem não ser ignorantes, às vezes).

Gostaria de finalmente poder ver um longa-metragem no Anima-Mundi, mas acho que terei de deixar para o próximo ano e me contentar somente com os curtas mais uma vez. O que não é nenhum demérito. Foram três sessões vistas no dia de ontem, ou 25 filmes curtinhos, de um total de 44 sessões (Só ontem!) espalhadas pela cidade. Abaixo alguns comentários sobre os melhores filmes.

Assim como o genial "How to Hook Up Your Home Theater" (Como Montar seu Home Theather) - uma releitura contemporânea dos clássicos desenhos do Pateta - merecem destaque para a sessão de Curtas 12 o tcheco "Plastic People", uma crítica surreal e muito bem humorada sobre a homogeneização da beleza através das cirurgias estéticas; no francês "La Tête Dans les Flocons" a opção por utilizar brinquedos comprados em lojas como personagens deu uma graça ímpar a um roteiro simples (a disparidade entre os tamanhos dos bonecos é hilária); "Umpredictable Behavior", dos EUA, consegue emular em cinco minutos todo o clima de suspense das melhores estórias de Sherlock Holmes. Com a vantagem de ter um final duplamente IMPRESSIONANTE. Haja criatividade.


Quem assistiu os Curtas 14 pôde conferir o que há de melhor e mais diverso no mundo da animação, tecnicamente falando. Todos os filmes têm alguma peculiaridade que os engrandece. Mas como destaques fico com o surreal japonês "Kodomo no Keijogaku", feito somente a traços de lápis, mos"trando a imaginação de uma criança da maneira mais próxima que se consegue chegar; o fofinho Things You Think - Love", de Alemanha e Dinamarca, outro com crianças e ótimo pra fazer a namorada se encantar com sua sensibilidade; e o francês "Oktapodi", uma seqüencia de ação envolvendo um casal de polvos, um chef de cozinha e umas gaivotas, que mereceu aplausos e prêmios internacionais. Imperdível.


Pra finalizar, a sessão Infantil 1 foi, como não poderia deixar de ser, uma boa pedida pros pirralhos. E pirralhos foi o que não faltou na hora, com uma turma graaaande de estudantes em excursão. Gritarias entre cada filme à parte, todos eles tiveram a incrível capacidade de manter os pesqtinhas quietos = o Mas já que é pra eleger destaques, fico com "O Velho Pajé" (Hugh), da França, a historinha indígena mais legal com os personagens mais bonitinhos do dia; o salvadorenho "O Conto da Menina Morta Viva" (El Cuento de la Muerta Viva Tonta, la Gedentina y el Flete) , engraçado até a morte, demonstrando como nossos companheiros hispânicos tratam a morte de maneira diferente da nossa; e o alemão "Eu Te Amo Eu Te Odeio" (About Hate, Love and the Other One), o qual não irei comentar pois foi feito somente pra ser visto. Demais.


Ainda devo visitar o Anima mais duas vezes. Mas não devo fazer novos comentários sobre os filmes por aqui. Primeiro porque minha intenção ao abrir o tópico era falar do evento. Acabou virando crítica (ê, mania desses conspirados). Segundo porque o que eu tinha pra falar do evento já está neste post. Espero que ele, ou mesmo as opiniões sobre os filmes incentivem nossos inúmeros leitores a comparecer em peso pra curtir uns momentos fora da realidade.

Internet: www.animamundi.com.br
Programação:
- Completa
- Grade de Exibição

domingo, 13 de julho de 2008

Na mesma

Semana passada, cheguei ao meu 20º aniversário - e percebo o quanto esses números são relativos.

Idade só tem valor para entrar em boates ou permitir que assista a determinados filmes no cinema.
Idade só indica se você irá para o Instituto Padre Severino ou para alguma penitenciária.
Idade te permite fazer carteira de motorista.
Idade só tem valor no papel.

Cheguei à casa dos 20. Há um tempo atrás, para mim, ter 20 anos era sinônimo de maturidade, responsabilidade, trabalho, pessoa séria e com relacionamento afetivo estável. Ok, eu me equivoquei em partes, mas são imagens que formamos quando somos crianças. Os grandes pareciam grandes demais - e eu, por mais que me achasse um tanto maduro para os meus 15 anos [santa ingenuidade!], ainda era um adolescente que freqüentava a escola e me masturbava compulsivamente com revistas pornográficas encontradas um certo dia pelo meu pai em cima do armário do banheiro.

O sexo solitário continua - ainda que dosado - e com ele muitas outras coisas.
Continuo sem barba e magrelo. Continuo dependente de um monte de coisas e pessoas. Meus sentimos permanecem ainda mais instáveis e confusos. Ainda sou repreendido pelas besteiras que faço. Continuo sem ter o melhor a dizer quando alguém pede para conversar. Ainda não estou preparado para um relacionamento sério - e permaneço receoso quanto a isso. As pessoas ainda falam para eu sair da posição onde me estacionei. Continuo inseguro para chegar em alguém desconhecido e puxar conversa. Ainda me divirto com as minhas piadinhas sem graça. Ainda faço brincadeiras infantis e tomo decisões imaturas. Continuo respondendo aos meus pais. Ainda assisto O Rei Leão e falo junto com os personagens. Ainda gosto da Xuxa. Ainda não sei o que devo fazer da minha vida. Continuo demorando para tomar decisões. Ainda me sinto pequeno e menor a muitas pessoas a minha volta.

Eu até mudei, mas permaneço o mesmo. Serei o Jefferson para o resto da vida. Serei um idiota até o último momento. Não que eu faça questão...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Você vai morrer. Daqui a 80 anos.


- E então, Doutora - perguntou apreensivo - como estão meus exames?
A médica listou os resultados para o paciente, que tentava esconder seu estado de desolação e perplexidade:
- Hemácias, ok. Linfócitos, ok. Colesterol, perfeito. Triglicérides, maravilha. Nada de anormal no resto, nem nos exames de fezes e urina.
Divertida, completou:
- Você é mesmo sangue bom.
- Mas... mas... e minhas dores no peito... na... na cabeça?? Meu cansaço?? - Ele não podia suportar a idéia de que estava tudo bem. Não! Não estava!!! - Acho que minha próstata...
A médica teve de interromper:
- Já que você é tão apressado, procure um proctologista e faça o exame. Daqui a dez anos.
Ele não podia aceitar. Como dez anos para alguém que não tinha a certeza do dia de amanhã?
- Eu te passei um check-up completo - ela continuou - e você demonstrou estar com a saúde perfeita. Se depender dela você vai morrer, sim (finalmente ele levantou a cabeça com atenção). Talvez em 80 anos.
Incrédulo, ele falou:
- Você me disse o mesmo no ano passado.
Ela desistiu de lutar inutilmente. Limitou-se a responder:
- Setenta e nove, então.
Ele se levantou, irritado. Só teve tempo de ouvir:
- Espere! Acho que você precisa de um tratamento.
"Finalmente falamos a mesma língua", ele pensou. Sentou-se mais uma vez, e se preparou para ouvir com atenção. No entanto, recebeu da médica apenas um cartão.
- Este é o endereço de uma psicóloga de confiança. Você é hipocondríaco.
Radiante, ele perguntou:
- E é grave?
- Gravíssimo. Você não faz idéia - respondeu a doutora, com um largo sorriso.
Levantou-se de um salto. "Então sou mesmo doente", refletiu aliviado. Antes de deixar o consultório, fez um último pedido à medica. Esta, mais que depressa, receitou:
- Dissolva um comprimido por dia em um copo d'água.
Finalmente saiu da sala. Feliz, a despeito das notícias tão ruins. Entrou na drogaria mais próxima do consultório e saiu, alegremente, com um frasco de vitamina C.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Desculpe-me, pai

Está aberta a temporada da corrida pelo dinheiro fácil.

Já estão circulando aqueles carros de som com musiquinhas de candidatos a vereador e prefeito. Além de agravar a poluição sonora, elas são de extremo mal-gosto e bregas.
Já estão suspensas nas casas as plaquinhas [algumas nem fazem jus ao sufixo por serem quase um outdoor] com o rosto do candidato e seu número, o qual você acabará decorando de tanto avistá-lo em algum poste.
E daqui a pouco começa o horário político - o mais útil, já que ora pode garantir algumas risadas.

Talvez por ser a primeira vez em que voto, mas nestas eleições estou completamente incrédulo a todos. Minha vontade é votar em branco para tudo, pois entregarei meu voto para alguém que não fará nada pela cidade e ficará rico por conta disso. Sim, realmente é nisso em que acredito. Só em pensar que lá vêm eles mais uma vez com aquela verborragia hipócrita a fim de conquistar dinheiro - eles realmente não querem outra coisa - sinto-me fadigado.

Hoje, meu pai me pediu para votar em candidatos conhecidos dele, para dar "uma força". O que ele ganha com isso? O que eu ganho com isso?! É... Não devo atender ao seu pedido.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A Persistência da Memória

Ando com medo das horas. As últimas cinco vezes que olhei para o relógio do computador, marcava as seguintes horas:

22:22
22:32
23:23
23:32
23:45

Há tempos isso vem acontecendo.

Os números podem falar?


Em tempo: Ouvindo muito Simon & Garfunkel. É simplesmente muito bom.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Afogar-se em risos.

Estou desobedecendo a uma combinação que nós, Conspirados, fizemos no decorrer deste blog: "espere pelo menos um dia pra postar depois que um amigo conspirado escrever." No entanto, já quebramos várias promessas que fizemos (ainda bem) e o que faço só servirá para quebrar também um recorde. Nunca estivemos tão verborrágicos. Três posts num dia é uma marca a se comemorar efusivamente. E eu não poderia mais esperar para compartilhar com todos aquele que é, talvez, o meu vídeo favorito. Sim, críticos, é da Yui. Podem reclamar que eu não ligo.



O nome da música é Laugh Away (a tradução você vê no título do post), do último disco dessa que é a japa mais linda do mundo e talz, e vocês sabem o resto. A música já não é mais novidade e ela já produziu vários outros clipes mais recentes. Mas este tem a incrível capacidade de me deixar completamente feliz. Não que eu não consiga sorrir todo dia ou que viva de mau humor, mas são poucas, pouquíssimas as coisas que me fazem sentir bem, mas bem de verdade. Guardadas as devidas proporções, uma delas é... não, não vou falar isso pra não encher demais a bola de certo grupo de pessoas que freqüenta este blog, mas acho que dá pra entender. Outra, desde pouco tempo atrás é esse clipe. Não sei japonês e ainda não me interessei em ver a tradução da música. E acho que nem vou tentar. Talvez não me faça afogar em risos, como o título sugere. Mas isso pouco me importa. Já consegui o que eu queria com ela. Um sorriso. Vários, na verdade.

Críticos, a vocês mais uma vez. Assistam o clipe só pra dizer: "Não achei nada demais". É muito provável, quase certo, que aconteça. Talvez até tenham razão. Talvez eu esteja procurando em qualquer coisa o que me faça sorrir. Mas eu não acho que isso seja mau. Pelo contrário. Acho muito bom afogar-se em risos de vez em quando, principalmente quando não temos motivos tão fortes. O sentimento fica muito mais puro.

Peço desculpas ao meu amigo Idiota por desobedecer "À Regra", mas acredito que serei perdoado. Primeiro, porque eu falo da Yui xD. Segundo, porque eu tenho achado seus posts um tanto tristes, acho que esse assunto deve limpar um pouco as nuvens sobre sua cabeça.

Até o próximo post.

"I'm [not] happy again"

A chuva acabou de cair muito forte. As casas daqui da frente ganharam um filtro esbranquiçado na minha visão e o som que ouço não é mais só o da música que toca no computador.

É barulho de água caindo na telha.
É barulho de água caindo dos canos.
É barulho de água caindo nas árvores.

Eu não quero fazer poesia. Quero dizer o quanto é ruim sair de casa desta maneira. Abrir guarda-chuva, fechar guarda-chuva, coloca-lo num saco plástico para não molhar o que está na mochila, molhar a bainha da calça, molhar o All Star, molhar a mão - o que aumenta o frio... Coisas chatas, muito chatas pelas quais não quero passar, mas preciso porque uma prova de História da Arte Clássica me espera na faculdade.

O tempo de eu escrever isso foi o tempo da chuva voltar a cair moderadamente. Pararei de escrever e que a chuva siga o meu exemplo: pare [de cair].

- Toc Toc. - Quem é?

Acho que sofre de T.O.C. Cada vez que entro no Orkut me conscientizo mais disso.

A ligação do meu transtorno com o Orkut é este ser o causador da minha obsessão. Eu devo me logar por dia no site, no mínimo, umas... 15 vezes? 25? Por aí. Às vezes menos, às vezes mais, às vezes muito mais. Isso me preocupa. Não é falta do que fazer no mundo real e nem excesso do que fazer na internet. Apenas sento em frente ao PC e lá vou eu clicar no botão do Orkut que se encontra na minha barra de favoritos do Firefox - nesta altura do campeonato precisava ser prático - para ver se tem scraps novos, fuxicar profiles alheios, visitar algumas comunidades... Enfim, coisas nada relevantes [não em excesso] que ocupam grande parte do meu dia quando me encontro entre as quatro paredes do meu quarto.

Algumas causas para isso eu imagino quais são - e antes que digam, sim, falta de sexo é uma delas. Eu quero tratamento.

Mas há algo um pouco confortante. Quando me ausento durante um tempo do PC, desde que tenha algo [interessante] para fazer, não sinto efeitos colaterais pela minha ausência deste mundo azul e branco. Não devo ser um caso perdido.

Acabo de perceber que preciso me ocupar nestas férias...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Prêmio Multishow 2008 [Comentários]


Procurando um canal na televisão para assistir enquanto jantava - os únicos momentos em que ligo a TV é na hora das refeições pois comer no silêncio me incomoda de certa forma -, caí, para variar, no Multishow, o qual tinha acabado de iniciar a transmissão de seu prêmio da música brasileiro que há 15 anos [para a minha surpresa] ocorre. Bem, mesmo não comentando o Oscar deste ano aqui no blog [ó, que lástima!] e não tendo votado no Prêmio [ó, que lástima! [2]], é válida uma observação de um espectador não-ouvinte de quase nenhum dos concorrentes ao prêmio.

Lázaro Ramos no comando da premiação estava nitidamente querendo ser engraçado o tempo todo - pelos menos, ele confessou em tom de brincadeira em certo momento estar perdendo tempo "falando um monte de bobagens". De fato, ele tem razão. O que foi ele "ligando" para a Marina Lima, a qual estava a alguns metros do palco com um microfone na mão - que não funcionou de imediato [huhuhu, adoro quando isso acontece] - pronta para anunciar os indicados da próxima categoria?! Acredito que a intenção era diferenciar a forma de apresentar os indicados, mas... era preciso isso? Além de muito sem graça, constrangedor. Entretanto, confesso ter gostado da piadinha sobre o nome das bandas. Foi mais uma tentativa de se fazer rir; a mim pelo menos conseguiu por um sorriso no rosto. Bom sinal.

E eu gargalhei na apresentação das indicadas ao prêmio de Melhor Cantora. Antes da câmera pegar um closer das indicadas, ainda da platéia, era mostrada convidados desconhecidos muito semelhantes [algumas demais, outras de menos] a elas. Sim, isso foi engraçado, pois se não me engano, a da Ivete Sangalo e da Ana Carolina eram travestis. hihi

O homenageado da noite foi Lulu Santos, que até então não era muito do meu agrado, mas percebi enquanto a apresentação de suas músicas por outros cantores o quanto Lulu tem músicas que eu sempre gostei bastante ["Tempos Modernos", oras!]. Acho que o problema era meio pessoal... Suas últimas palavras de agradecimentos: "E quer saber, eu acho que mereço a homenagem!". Eu concordei.

Entre umas câmeras filmando o sapato, fios no chão e bastidores em horas inoportunas e uma entrada muito repentina de Lázaro Ramos para anunciar o fim da premiação [o que todos já sabiam], os premiados com o Prêmio Multishow foram os seguintes:

Melhor Clip | Charlie Brown Jr - "Pontes Indestrutíveis"
Entre NX Zero, Pitty, Capital Inicial e CPM 22, não creio que a vitória do Charlie Brown tenha sido um mérito. Mas a questão é o clip, não a banda. Pois é... Não vi nenhum clip concorrente e sou feliz por isso. =)

Melhor Show | Ana Carolina - "Dois Quartos"
Assisti duas vezes ao vivo a esse show e é o DVD musical que mais assisto. Preciso dizer algo mais? Eu só vibrei na hora e gostei de ver a Aninha no palco - linda, para variar. =)

Melhor DVD | Multishow Ao Vivo - Ivete no Maracanã
Justo independente dos fracos concorrentes [Pitty, Zelia Duncan...]

Melhor CD | Maria Rita - "Samba Meu"
Por coincidência, hoje comentei com um amigo que o CD da Maria Rita "de sambas" é muito bom, desses que se ouve do início ao fim sem adiantar uma música. Se CPM 22 ou Pitty ou Capital Inicial ganhassem... ai ai...

Revelação |
Strike
Cuma?

Melhor Grupo | NxZero
Os outros indicados: Charlie Brown Jr., CPM 22, Jota Quest, Natirruts... Err... próxima categoria, por favor.

Melhor Música | Vanessa da Mata - "Boa Sorte/Good Luck"
Essa música grudou na minha cabeça - e na de um monte de gente - por um boooom tempo. Justo, apesar de preferir "Tá perdoado" da Maria Rita.

Melhor Instrumentista | Radamés Venâncio (Ivete Sangalo)
Sei lá!

Melhor Cantor | Di Ferrero (NxZero)
Neste momento, qualquer reputação do prêmio cai ladeira abaixo. O problema da categoria Melhor Grupo se repete aqui: não há nenhum candidato bom. Aliás, há sim: Samuel Rosa, do Skank, tá acima da média - com esforço. Não gosto de Caetano Veloso [nem um pouco =)] e Dinho Ouro Preto e Chorão seria redundante qualquer comentário.

Melhor Cantora | Ivete Sangalo
Obviamente, queria que Ana Carolina ganhasse [ou Maria Rita - Claudia Leitte e Vanessa da Mata, a qual detesto, corriam por fora], mas qualquer prêmio que a Ivete ganhe é merecido.


Um prêmio de música brasileira [!] onde o vencedor de umas das principais categorias da noite é o vocalista do NX Zero... O pior [ou não] é saber que quem votou nele foi o público...