quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

[ você não sabe de nada ... ]

Ou você desiste dos seus amigos nerds [okei!], falsos [???] e infantis [hã?!] [a interesseira pensa: que me fazem rir, me divertem, me amam, e gostam de mim como eu sou]

Ou fica comigo
“Conhecedora” da vida com apenas 20 anos, experiente [!!!], que já foi maltratada pela vida e só quer te ajudar julgando seus outros amigos, por ser SUA SALVADORA e tudo que você é hoje é por minha causa [a interesseira pensa: que quer me mudar, me afastar dos meus amigos que me aceitam].
HuuuuuuuuuuuuuuuuuuuM
Creio que quero meus supostos amigos falsos, que são extremamente alegres e tristes cada qual na seu momento, e que são inteligentes SIM! \o/

*momento piegas*
AMO VOCÊS, MEUS CAROS
SEMPRE ESTARÃO NO MEU CORAÇÃO.

Bjão
Cuidem-se

Ps: E foi assim que é uma amizade de 5 anos acabou >.<
Uma velha amiga jogando a outra contra os demais amigos.

E mais uma vez...

- E você bebeu?

- Sim, bebi.

- Mas evangélico não pode beber não!

Ô, cacete! Pode me deixar em paz e não questionar o que faço da minha vida? Tá que eu não quero ir para o inferno, mas não são suas indagações que evitarão isso.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Assassinaram o Carnaval, é Carnaval o ano inteiro.

Começou assim: Nos primórdios da civilização, nossos ancestrais egípcios festejavam a época da colheita, que promovia a fartura e a fertilidade nas cidades à beira do Nilo. Mais tarde, os gregos mantiveram a essência do festejo, acrescentando outros elementos inocentes, como bebedeiras, bacanais, e todo tipo de prazer despudorado e ilimitado. Desfiles ocorriam pelas ruas, a euforia tomava conta das pessoas, escolas fechavam as portas, escravos eram temporariamente alforriados, a liberdade era total.

Depois, Nosso Senhor Jesus Cristo (para os que são cristãos, obviamente) foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus e transformou este acontecimento na data mais importante do calendário cristão, religião praticada atualmente por aproximadamente 2 bilhões de pessoas.

Estes parágrafos aparentemente desconexos não teriam relação alguma, não fosse o sincretismo religioso que a evolução da sociedade proporciona. As festas pagãs que começaram há seis milênios foram recebendo influências de povos e épocas distintas e existem até hoje, conhecidas pelo nome milenar de carnaval. Já a ressurreição de Cristo é comemorada na mesma época em que os judeus comemoram sua libertação do Egito e a passagem para a terra prometida. Além da data, ambos os fatos recebem a mesma denominação: páscoa.

Ocorrida no primeiro domingo depois do primeiro equinócio do ano, normalmente em março ou abril, a Páscoa é precedida por um período de penitências e privações, uma forma lembrar o sacrifício de Jesus para salvar a raça humana e dar-lhe a oportunidade de viver no Paraíso ao lado de Deus. Este período, chamado quaresma, como o próprio nome sugere, dura quarenta dias (quarenta e seis, pra ser mais preciso). O início da quaresma coincide justamente com a festa da carne, o carnaval.

Só pra deixar as coisas claras: eu, cristão, comemoro a páscoa em abril. Antes disso, passo quarenta dias fazendo jejum de vários tipos de bebidas e alimentos e pago penitências por meus pecados. Antes disso, eu sei que tem uma festa chamada carnaval, conhecida pelo liberou geral. Eu posso beber o que quiser, comer o que e quem quiser, extravasar (como diz certa cantora de... carnaval) todos os sentimentos reprimidos pela pesada mão da Igreja etc. Sejamos sinceros. É juntar a fome com a (literal) vontade de comer. O carnaval é agregado ao calendário cristão, como um festejo que antecede o "retiro espiritual" que é a quaresma, cujo ápice acontece no fim da Semana Santa.

Resumo porco: eu, cristão, aproveito o tal carnaval pra barbarizar, já que eu vou passar por quarenta dias de sofrimento na tentativa de salvar essa minha alma pecadora. Mais humano que isso, impossível.

Pulemos então aos dias de hoje. A Idade média chegou ao fim, a quaresma mudou, o carnaval mudou, mas a sensação de "liberdade" que ele proporciona ainda é palpável na maioria dos foliões. Aí eu pergunto: que liberdade? O que a gente pode fazer no carnaval que não pode fazer na quaresma ou em qualquer outra época do ano? Num devaneio surrealista, se fosse na Idade Média, ver a rainha da bateria peladona no carnaval seria uma atitude típica da festa. Pessoas fazendo sexo louca e irresponsavelmente também. Comilanças e bebedeiras seriam o símbolo de uma data.

Mas hoje isso é comum todo dia. A gente não faz mais jejum na quaresma. A gente não se empanturra só no carnaval. A rainha da bateria não causa furor se aparecer peladona no carnaval porque ela já faz isso o ano inteiro. O carnaval é, hoje, só mais um feriado prolongado. Com a pequena diferença de que as pessoas tentam ser um pouco mais indecentes que no resto do ano uhahuahuahuahua. Mas é um pouco, só.

Antes que me interpretem equivocadamente, eu não estou fazendo uma crítica puritana. Somente uma reflexão. Não quero uma volta da quaresma e da Idade Média. Posso não ser um entusiasta dessa pretensa "liberdade" pós-moderna, mas sei bem o valor do carnaval que temos. Meu problema não é o Carnaval, pelo contrário, é o resto do ano. É essa "liberdade" carnavalesca que inventaram e te obrigam a exercê-la nos 365 dias e 6 horas da translação em torno do sol. É preciso beber como se fosse carnaval, se drogar como se fosse carnaval, fazer sexo como se fosse carnaval. Caso contrário, você não é livre. É um oprimido, um reprimido. Ah, pro inferno essa gente! Isso sim é repressão. Se eu sou livre, posso escolher não viver essa existência vazia travestida de subversão contestadora. Isso colava na década de 60, hoje não cola mais.

Dito isto, hoje tiro o meu chapéu de bamba pra alguns evangélicos que eu conheço. Eles pecam o ano inteiro, e aproveitam o carnaval pra fazer o tal retiro espiritual. Isso sim é ser subversivo de verdade. Boa folia pra quem chegou até aqui.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O meu leãozinho

Conforme o tempo passa me certifico que fiz pelo menos uma escolha certa na vida, o nome do meu cachorro. Eu estava na quarta série, minha mãe trabalhava fora e minha irmã era muito pequena para ficar sob os meus cuidados, ou seja, eu ficava boa parte do dia sozinha em casa, até que ele veio para minha vida e eu decidi que seu nome seria Simba, igualzinho ao filme ao filme o Rei Leão.

Nunca poderei me esquecer daquele tempo, ele era tão fofinho, comia na minha mão, quem diria que ela faria jus a um nome de leão. Mas o tempo passa e com ele o meu bebê cresceu e se tornou um cãozinho um tanto temperamental.

Por ser da raça poodle ele precisa ser tosado com certa freqüência e foi assim que ele acabou ganhando fama no bairro, vamos dizer que não são todos os pet shops que aceitam tratar do meu bichinho, atualmente apenas um trata dele e apesar dele ir dopado (nossa como me dá peninha quando ele fica dessa forma) eles nunca conseguem terminar o serviço e sempre deixam a parte do focinho por fazer.

Essa última vez foi o cúmulo, ele voltou totalmente barbudo, ele está parecendo um comunista, mas não quero um filho comunista, então acho que agora ele ganhou a sua tão merecida juba.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Brevíssimo colóquio na Avenida Rio Branco

- Vocês não se desgrudam, né?
- Nós somos amigos de verdade.


PS: Acho que é como na música do Pink Floyd:
"Together we stand, divided we fall"
(Hey you)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Porcaria"

Às vezes até eu mesmo me surpreendo com minha capacidade de ser ridiculamente idiota. Mas ainda que seja um grau supostamente alarmante de idiotice, como se minha mente estive num estado anacrônico em relação ao meu corpo, essa é uma das poucas coisas que não tenho a menor vontade de mudar em mim. E olhe que nem todo mundo reage bem a esse meio jeito... melhor não defini-lo, pois "quem se define, se limita", como diz qualquer bissexual em estado inicial de autodescoberta. Falando nisso, ontem assisti um filme chamado Save Me que me deixou deveras confuso. É, acho que realmente há duvidas na mais absoluta certeza. Mas não é nesse ponto que quero divagar. Então, consigo viver bem com essa minha mania - que não é bem uma mania - de fazer jus a minha alcunha aqui do blog. Porque mesmo as coisas não estando muito bem na relação eu-comigo-mesmo, ainda consigo rir toda vez que vou ao dentista. O elevador do prédio da minha dentista são desses que falam. Há uma voz feminina que vem de algum lugar daquele cubículo e informa o andar em que o elevador se encontra parado. Tempos atrás, o transporte parecia da década de 20 [em escala temporal] e um caixote de fim de feira em proporções elevadas [em escala de risco de vida para os usuários do elevador], mas ele nunca deixou de falar. Subo e paro no quinto andar. "Quinto andar", sou informado e reajo indiferente quanto a isso. Na hora de descer, ao chegar no último destino possível, a voz informa - "Portaria". Só que, devido ao meu cérebro, a mensagem chega em meus ouvidos como "Porcaria", e eu acho a maior graça nisso. Até porque eu sempre esqueço que aquele negócio fala e eu sempre me surpreendo - com o elevador e comigo mesmo. Mas imaginar um elevador puto da vida, falando "porcaria", é realmente engraçado. Ou idiota. Nha, tanto faz. O importante é achar graça nisso tudo - aposto que qualquer autor de livro de auto-ajuda concorda comigo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Receita para férias medíocres

Começando pelo ingrediente principal, troque o dia pela noite. Mas não em prol de baladas, passeios noturnos com amigos, diversão, não, nada disso. Sua madrugada precisa ser um reflexo de tudo que você faz durante o dia, ou seja, nada. Isso gera um ciclo vicioso, você se verá aprisionado nesses costumes de tal forma que não conseguirá se livrar deles, o que é óbvio. Vejamos. É mais que provado, comprovado e atestado que não fazer nada cansa. Permanecendo nessa atividade árdua durante todo o dia, seu corpo, juntas e músculos serão afetados por leves dores - geralmente fruto de uma posição predominante em suas horas diárias, isto é, sentar em frente ao computador -, daí surge a necessidade de descanso. Muito merecido, sem dúvidas - não fazer nada requer muito esforço físico e mental, como já pode ter percebido. A questão é que dormindo sempre [e "sempre" nunca foi usado com tanta ênfase] após às 3 horas da manhã, que pode ser tanto 3h10m como 4h50m, torna-se impossível para o cérebro enviar o comando para teus membros realizarem tais ações como abrir as cortinas do quarto, desligar o ar condicionado [porque o calor é seu companheiro fiel nas férias] e, principalmente, levantar da cama, não antes de 11h30m. O período da manhã será extinto da sua vida, mas não se preocupe, você ganhará a madrugada.

Madrugada é um período para poucos, para valentes, não para perdedores que ficam com sono e vão dormir cedo - o que, sinto dizer, não será o seu caso, você vaga como zumbi em sua casa por ser um vagabundo e por acordar já em direção à mesa da cozinha para almoçar [pão será um alimento cada vez mais raro em sua dieta diária, diga-se de passagem]. Você se tornará dono da casa, terá poder, reinará no melhor silêncio, o qual nunca é tão intenso em outros períodos do dia. Caso divida o quarto com seu querido irmão, aproveite os dias em que ele passará as noites fora: você pode ler no conforto da sua cama, entre edredon e travesseiros, pois terá o domínio sobre a lâmpada do seu quarto, sem se preocupar
se seu irmão acordará com a claridade da luz; você pode entrar em sites impróprios para menores de 18 anos - que tanto quer acessar durante o dia e não pode por motivos óbvios - e se divertir com sua opção favorita de vídeos safadinhos - só certifique se a porta está fechada e a caixa de som do computador desligada para evitar possíveis constrangimentos com seus pais, que, vez ou outra, podem ameaçar seu reinado noturno ao acordarem para aquela ida típica ao banheiro.

Mas tome cuidado! A fome que pode se apoderar repentinamente de você na madruga é ainda mais incontrolável que a de qualquer outro período do dia; portanto, não descarte a possibilidade de retornar à faculdade com uns quilos a mais, até porque exercício físico [com exceção daqueles realizados quando seu irmão não dorme em casa] é definitivamente algo inexistente em suas férias. Outro ponto patológico importante é o da insônia. Você fará promessas de dormir cedo constantemente, frases como "Hoje eu dormirei antes da 1h!" ou "Hoje irei sair do computador cedo para ir dormir" comporão seus pensamentos mentirosos que nem você mesmo acredita. Quando essas palavras não tem mais valor, quando ler em plena 3h da manhã não tirá o sono de seu repouso num outro hemisfério bem longe do seu, é provável que esteja desenvolvendo uma insônia crônica, típica de períodos longos de recesso. Mas calma: a cura para a doença oriunda do regresso às suas atividades normais, que te deixará cansado de verdade, acarretando numa necessidade real de ir pra cama mais cedo.

Se orkut, e-mail, twitter, msn e afins não são suficientes para ocupar seu tempo na internet, é recomendável ter um blog - ou dois, em alguns casos. Postando diariamente, o número de visitas na sua página aumentará favoravelmente, fazendo de você uma futura estrela do meio blogueiro - se não conseguir tanto, ao menos 15 minutos de fama virtual terá conquistado. Seu ego inflará, fazendo até pensar que seu tempo no computador nem foi tão inútil assim. Pura ilusão. Coloque os pés no chão, dê uma olhada no número de comentários do seu último post e verá que seu blog continua em seu falido estado inicial.

Olhe para o alto e agradeça a Deus por gostar de cinema, só assim você terá algum objetivo nas férias. E não apenas um, mas sim duas metas a serem alcançadas! Isso num vazio existencial de proporção galáctica ganha um sentido imensurável que você não faz idéia. Alegre-se por finalmente ter atingido a tão sonhada média de mais de um filme por dia no mês de janeiro, mas não se contente com a uma mera conquista mensal: fevereiro já chegou e tente fazer ainda mais bonito com seus filmes - levando em conta que o mês tem menos dias e sua média pode ser ainda maior. Empolgante, não? Mas nada supera a corrida para conferir todos os filmes do Oscar. Sentir-se mais gabarito que o José Wilker e menos estúpido que o Rubens Ewald Filho - o que não é difícil, vale dizer - com teus comentários bem mais precisos e coerentes sobre a cerimônia te garante um grau de importância invejável - por poucos, ou ninguém, acredito, mas satisfação pessoal também é importante.

Pule, solte fogos e comemore quando - finalmente! - seus amigos da faculdade resolverem ir aquela adorável boate, que além de te trazer lembranças inesquecíveis, é sempre um ambiente promissor. Pegue uma ou duas - e pare por aí senão fica vulgar - pessoas do seu gênero preferido - ou o que esteja com abstinência já há um tempo - e enjoy. Melhora a auto-estima, faz bem para a pele e por mais que acorde no dia seguinte se dando conta que tudo não passou de uma noite e continua sem o desejado amor da sua vida, o momento terá sido bom o suficiente para te fazer sorrir durante a semana. Caso vá além de um/uma na festa, não seja burro e pegue o telefone do/da que mora no seu estado - esqueça o/a de São Paulo -, pois sempre é útil quando você bebe um pouco mais e a carência assola em níveis incontroláveis. Mas se devido às circunstâncias só tenha conseguido o telefone da pessoa de São Paulo, marque com ela antes que volte à sua cidade e, ao menos uma vez, vá ao cinema sem se importar com o filme. No saldo final, dará conta que ir à boate foi a melhor coisa que fez nas férias.

Depois da euforia da noite, retorne para casa. Obviamente, não era isso que você queria, mas contente-se. Contente-se com a pouca paciência que está tendo com seus pais, contente-se com conversas via teclado com seus amigos, contente-se com as poucas visitas ao seu blog, contente-se com as poucas vezes que seu irmão não dorme em casa e deixa você ao léu do prazer individual, contente-se, principalmente, com a falta de possibilidade de passar as férias num outro estado ou país. Volte para casa, volte a somente ver filmes e ficar na internet. Volte para a madrugada tão agradável e ociosa. Suas férias serão inesquecíveis, pode apostar.