terça-feira, 28 de julho de 2009

Direto da Redação

Saúde: Tem algo de errado nessa tal gripe suína, os especialistas dizem que a taxa de mortalidade é a mesma da gripe comum. Mas todos os dias o alarde feito em torno da doença é maior. Pergunta: por quê? Afinal, a gripe do vírus A H1N1 está sendo subestimada ou superestimada?
Uma forma de saber seria divulgando o número de casos e mortes pela gripe comum também, mesmo que uma estimativa. Não dá pra comparar doenças sem conhecê-las por completo.

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Esporte I: O Botafogo venceu o Inter-RS no sábado com um placar de 3x2. Depois de três jogos em que saiu na frente e deixou o adversário empatar, o Glorioso quase manteve a sina ao permitir dois gols do time gaúcho em 18 minutos. Não fosse o gol de desempate de Alessandro, o alvinegro ainda estaria na zona de rebaixamento. Há que se destacar um fato, porém: mais uma vez a arbitragem prejudicou o Botafogo, marcando um pênalti não-existente. A diferença é que, desta vez, a equipe foi competente para vencer adversário e juiz. Contra Flamengo e Náutico, o Botafogo até jogou um pouco melhor que ambos, mas não superava a 'qualidade técnica' de árbitros e bandeirinhas.

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Esporte II: Desde a semana passada, temos assistido ao Mundial de Natação em Roma. E a história é sempre a mesma: muito ufanismo e pouca medalha. Não, não me entendam mal. Não estou cobrando de nossos atletas um desempenho similar ao de colegas americanos, australianos e franceses. A natação brasileira evoluiu imensamente nos últimos anos, mas ainda temos um bom caminho a percorrer. Meu recado é para a imprensa, que cisma em tratar o Brasil como potência em qualquer esporte. Isso está longe de refletir a realidade e cria um ambiente em que o próprio torcedor não admite uma derrota que, se pensada de forma sensata, era óbvia. Esse tipo de pressão prejudica o esporte... ou vocês acham que o Diego Hyppolito adorou ter sido chamado de amarelão depois da queda em Pequim. Ou vocês acham que o Guga morreu de felicidade na época em que, por conta de sucessivas lesões, ainda tinha que ouvir piadinhas de que estava bichado. Enquanto isso, nós assistimos aos nossos políticos defenderem o nepotismo e nosso presidente reivindicar tratamento diferenciado para brasileiros 'mais' e 'menos' importantes, enquanto deveriam estar investindo na formação de atletas e, acima de tudo, seres humanos.

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Tecnologia: Darei um voto de confiança ao Windows 7. Tenho o desprazer de utilizar máquinas com Windows Vista, capazes de fazer processadores dual-core e 4GB de memória parecerem pouco. Na verdade, a qualidade maior do Vista é fazer o usuário enlouquecer de fúria.
Mas (esse 'mas' volta depois)... a Microsoft demorou pra chegar a um bom sistema operacional. Até hoje eu lembro do sonzinho de inicialização dos Windows 95 e 98. Isso porque eu era obrigado a reiniciá-los tantas vezes que a musiquinha ficou na cabeça. Depois vieram o Me, o 2000, até que chegamos ao XP, o mais próximo que tivemos de um Windows bom.
Francamente, o XP é sim, um bom S.O. E isto ficou comprovado com o lançamento do Vista, que tem muitos avanços (o sistema de busca é ótimo), mas que só podem ser sentidos em computadores que ainda não foram inventados.
Mas... (olha o 'mas' aí!) a Microsoft é famosa por trabalhar na base da tentativa e do erro. Eles tentam, erram, consertam, erram de novo, consertam o conserto e, assim, vai construindo seu império. Portanto, meu voto de confiança para o Windows 7 vai pelo simples fato de que o Vista é um parque de diversões tão grande de erros, que os engenheiros mal terão por onde começar a consertar.

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Imprensa: As 'notícias' acima foram escritas depois de remoer uma discussão que tive com a minha mãe sobre a não-obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão. Eu apoio a queda da lei, ela acredita que só o diploma pode garantir a boa qualidade da informação. Como parte de seu argumento, ela usou um artifício típico da imprensa: tentou manipular meu discurso para fazer parecer que eu era contra a educação superior. Tudo bem, eu faço o mesmo aqui e agora: manipulo o discurso dela pra fazer parecer que ela me acusou da forma como eu falei. Jornalismo é isso: parcial, opinativo, humano. Agora, o dado empírico: acabo de escrever textos jornalísticos, mesmo não tendo diploma de jornalista, mesmo sequer estudando jornalismo. Devo ser punido por isso? Vamos lá.
O maior patrimônio de um jornalista é sua credibilidade. Se ele realiza bem o seu trabalho, seu patrimônio aumenta ou se mantém intacto. Caso contrário, ele perde influência e pode até cair em desgraça. A faculdade de jornalismo ensina ao profissional os métodos de verificação e geração de notícias que permitam manter a relação de confiança com o leitor. Se o cara não tem essa bagagem, cedo ou tarde vai errar, e sua credibilidade sofrerá um golpe. Essa é a importância da faculdade: ensinar método, ética. Sem estes elementos, o jornalista não é competente e confiável.
E por que eu defendo a não-obrigatoriedade do diploma?
Porque não cabe ao governo decidir em quem eu devo confiar para receber uma informação. Sou eu, o leitor/espectador. Isso é liberdade de expressão em sua mais pura forma. Você leu o meu 'clipping'. Garanto a você que foi escrito com a maior sinceridade e parcialidade possível (parcialidade, sim). Se achar que foram notícias de qualidade, minha credibilidade aumenta e minha audiência também. Caso contrário, moscas para este blog.
Sem contar o fato de que diploma não é garantia de profissionalismo. Na era da internet, a gente vê como alguns 'grandes' jornalistas não são tão grandes assim. De muitos pequenos, então, nem se fala. O contrário também vale: o trabalho do Drauzio Varella é ou não jornalismo? É ou não um ótimo jornalismo? Usei ele como exemplo, mas há uma quantidade enorme de especialistas que conseguem traduzir perfeitamente para o grande público os assuntos com os quais tratam.

No meu caso, vale um pequeno parágrafo sobre minha breve carreira jornalística. Como tenho autocrítica, aviso de antemão que, se quiser fazer isso profissionalmente, cursarei a faculdade, obterei meu diploma e aprenderei como praticar o jornalismo da forma mais honesta possível. Não pela força da lei, mas em respeito ao leitor.

Boa noite.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Não!

O blog não morreu...









Só queria deixar isso claro