segunda-feira, 24 de maio de 2010

E a família, como tem passado?

Sou extremamente medroso e covarde. Dentre meu farto acervo de defeitos, medo e covardia andam latentes ultimamente. Esse não é um post auto-depreciativo. Minhas qualidades são ainda mais recorrentes e também vivem se afirmando em meus dias, dariam um comentário ainda maior que esse, o qual não irá se alongar devido aos trabalhos que preciso terminar para amanhã e só me forcei a postar para, enfim, escrever, coisa que não faço há muito tempo e tenho sentido muita falta. Quer dizer, escrevi sem parar na última prova da faculdade. Minha caneta parecia autônoma e meu cérebro cooperava, finalmente. E o texto de consulta sobre meu colo também dava uma força. Mas digo escrever no blog. Ou nesse ou no outro. Resolvi por esse porque, bem, coitado, ele ainda existe? Tenho o desejo de postar quase sempre, tornar o blog quase pessoal, mas divido, ou melhor, quase divido com outros pessoas. Aí monopoliza. Escrever tipo "hoje tive um dia muito legal. fiz isso, aquilo outro e mais aquela outra coisa. e percebi que se deve viver cada dia como se fosse o último." ou "não paro de pensar no fulaninho de tal. hoje ele piscou pra mim e eu quase me derreti". Blog tipo de mulherzinha, que fala da vida e ninguém lê. Um blog corriqueiro, pessoal e chato. Posso? Tenho adiado todos os meus problemas. Eu tinha que ligar para uma pessoa a fim de resolver um pepino no qual me meti - ou me meteram. Ao invés de fazer imediatamente a ligação, eu ouvia Lady Gaga, ficava enrolando, fazia qualquer outra coisa sem esquecer que precisava estar com o telefone na mão solucionando o pepino. Adiar não dá jeito. Só piora. Eu tenho muita vergonha de falar em público. Extremamente muita vergonha, por ser gago - sim, eu sou gago, mesmo que ninguém acredite - e possuir uma certa deficiência em formular uma linha de raciocínio que seja clara para outra pessoa além de mim. Numa aula, semana passada, a professora dividiu a turma em duplas, e cada dupla tinha que explicar para o restante da turma sobre um determinado tema da matéria. O que fiz? Saí da sala, esperei lá fora, mijei, bebi água vinte vezes, mijei de novo, bebi mais água, voltei para a sala, com todas as duplas já formadas. Busco terminar as coisas, não necessariamente resolvê-las. Mas me juntei com uma dupla, falei tudo sobre o tema em questão e uma das integrantes, a qual escreveu tudo que eu tinha dito, fez a apresentação oral. A professora, bem, não acrescentou nenhuma informação. Ao menos burro não me senti. Só medroso e covarde mesmo. E eu não gosto dessas coisas.