Texto retirado do site da Revista Mundo Estranho. Para lê-lo todo, basta clicar aqui.
1. Quando você faz um machucado que ultrapassa a camada da pele - que mede de 1 a 4 mm -, vasos sanguíneos podem ser cortados. O sangue que se espalha pelo local contém várias substâncias, de glóbulos vermelhos (que transportam oxigênio) às plaquetas (responsáveis pela coagulação)
2. Imediatamente o organismo direciona mais plaquetas para a região e tem início a produção de fibrina - substância que só se forma no sangue quando um vaso é rompido. As plaquetas se juntam nas pontas dos vasos cortados e atuam como um tampão, parando o sangramento em alguns minutos. A fibrina age como a cola dessa união de plaquetas
3. A defesa da região leva cerca de três dias e é feita pelos glóbulos brancos. Essas células sanguíneas destroem seres estranhos que entraram no corpo pelo machucado - como bactérias. O processo de defesa deixa a ferida inflamada alguns dias. Nesse período também aparece a "casquinha" do machucado, que é simplesmente o sangue coagulado e ressecado
4. Após a ação dos glóbulos brancos, vem a limpeza geral. Entram em cena os macrófagos (um tipo de célula presente na pele), que "engolem" células mortas e as últimas bactérias que restaram. Ao mesmo tempo, cresce o fluxo de sangue na região, dando origem àquela vermelhidão típica de machucado. Com mais sangue, multiplicam-se as células na porção superficial da pele
5. A irrigação sanguínea extra também traz algumas células chamadas fibroblastos, que produzem um tipo especial de tecido: o colágeno. Aliado à multiplicação das outras células da pele, o colágeno forma novas fibras. São essas fibras que se juntam para fechar de vez a ferida, o que ocorre de fora para dentro do machucado
6. Cerca de duas semanas após o acidente, a ferida já está totalmente coberta com uma nova camada de pele. No máximo, dependendo da gravidade do corte e do organismo de cada pessoa, restará no local uma pequena cicatriz para lembrar o acidente
Uso o texto acima para dar alguma relevância ao fato de que quase perdi o dedo ao usar um estilete no dia de ontem. Também deixo aqui registrado o fascínio que tive ao conhecer o processo de sutura de uma ferida. Com exceção da aplicação de iodo para assepcia (fui à lua e voltei) e das injeções de Voltarem (minha nádega direita ainda dói), antitetânica (meu braço esquerdo ainda dói) e contra hepapite (meu braço direito ainda dói, mas essa eu só tomei porque já tava no posto mesmo, só aproveitei a viagem), achei muito legal ver minha pele sendo costurada pra que a fibrina e os seus amigos possam trabalhar com mais eficiência. Palmas para a Medicina! Vaias para o sistema de saúde, pois esvaí em sangue no hospital por mais de duas horas pra poder tomar os devidos pontos!
Acho que deu pra perceber que eu não tive infância e nunca precisei de pontos. Isso deve explicar minha empolgação. Só não coloco uma foto pra não espantar nossos leitores, que já não são muitos.
P.S.: Tô brincando, não corri o risco de ficar que nem o Lula. Foram só quatro pontos, mas como o corte foi profundo, sangrou pra burro =)
P.S.2.: O título do post, além da óbvia referência ao discurso de Churchill (não é inteligência, é google, tá? hehehe), também representa o momento do acidente: sangue, por causa do corte; suor, de nervoso, pois eu estava fazendo um trabalho, para entregar no mesmo dia; e lágrimas, que virão com a nota, já que o professor aceitou que eu entregasse o trabalho hoje hehehehe. Pelo menos o esforço foi reconhecido.
primeiro amor
Há 9 anos
3 comentários:
Eu nunca levei um ponto :(
Melhoras par os eu dedo e para a sua nota.
eu tb nunca levei pontos , nem engessei nada... fui uma criança meio lerdinha. Ainda bem que isso mudou com o tempo...
Já ouvi dizer que o Lula cortou o dedo de propósito pra ganhar indenização, vc fez o mesmo pra ganhar mais tempo pro trabalho, caro Lerdo? [maquiavelismo sadomasoquista mode on]
digamos que foi uma trágica e feliz coincidência, cara Dari.
E eu tive o mesmo pensamento que você hehehe. Mas que fique claro que foi só depois do corte (antes eu pensava em atropelamentos, quedas de aviões, síncopes nervosas... jamais pensei que o destino seria tão sutil comigo)
Postar um comentário