Viagem com a janela aberta

Dentro do ônibus, rumo a um dos melhores lugares do Rio de Janeiro [não revelo por questão de segurança xD]. O trajeto, então, não deixa a desejar em beleza - o cenário já está pronto. Câmera embaixo de O Caçador de Pipas aberto - eu li algumas frases; meu interesse no momento não era muito em palavras -, a fim de parecer mais discreto e zelar pela minha nem-tão-querida ferramenta.

Sozinho [leia-se: sem amigos para me controlar], com alguns olhares cerrados de um passageiro [sempre tem um zé mané!], a busca era pelo clique no segundo certo e esperar que o balançar e a velocidade do ônibus não atrapalhe, mas que façam seu trabalho quando fosse preciso. Ok, tava querendo demais. -.-'

[Lembrei d'O Lerdo quando tirei a foto. ^_^ Ele gosta do prédio né?]
A tremidinha deu um efeito bacana.


Não ficou exatamente do jeito que queria, mas gostei do resultado.


Estava tão focado nos Arcos que viriam a seguir, que percebi, já tarde, o quanto esse muro poderia render uma boa foto. Se alguém tivesse passado no momento exato ou houvesse um menino de rua sentado ali no chão o resultado seria bem melhor.


Bah! Os Arcos passaram e eu não aproveitei. :( O sol não deu uma força e o bondinho já devia estar no morro de Santa Tereza...


Ao olhar para essa paisagem tinha a foto perfeita na mente. Na câmera, ficou essa coisa sem graça. É tão ruim quando isso acontece... :(


É a isso que me refiro quando digo "o cenário já está pronto"! O enquadramento poderia ter ficado um pouco melhor e esse poste de luz em primeiro plano não era para ficar na frente da estátua [mas o ônibus corria]. Acho que foi a foto do dia que mais gostei. :)


A foto tá feia, mas repare naquela nuvem ali. o_o


Já à noite... Ah, eu gostei muito dessa foto! =P Isso é o balanço do ônibus a meu favor.

E eu até esqueci o quanto estava atrasado...

Quero ser você quando encolher

Já viu a última (não tão nova, no entanto) propaganda dos famosos Sucriclhos Kellogg's?

Se não, eu faço uma pequena narração (ou roteirização, como preferir):

Personagem principal: um moleque de mais ou menos uns treze anos, com cabelo parecido com uma juba, a despeito do produto ter como mascote um tigre.

Ao som de uma música bem dançante, o garoto acorda. O fundo muda e ele aparece na cozinha comendo o seu sucrilhos. Muda o fundo de novo. Ele está estudando, com a maior atenção na explicação da professora, mandando bem em todos os exercícios. Muda o fundo. O moleque já tá tocando guitarra, num solo a la Jimmy Hendrix. A trilha sonora fica bem rock'n'roll. O fundo muda. Lá estã o garotão, mandando no futebol. É um craque. Até que o fundo muda, e lá está o moleque, na balada (!), pegando mulé (!!!!!). Até que o fundo volta ao seu quarto, onde ele boceja, afinal é só uma criança, e dorme. No dia seguinte, certamente o sucrilhos vai estar lá, para que ele tenha outro dia radical.

Esse garoto virou meu ídolo. Descobri que temos muito em comum. Por exemplo: eu como Sucrilhos Kellogg's. E se eu precisar disso pra fazer o resto, não vai faltar sucrilhos na minha despensa.

Outra propaganda interessante, e mais antiga ainda (...) [OFF]

[OFF]
P: Por quê nenhuma propaganda mais novinha, Lerdo?
R: Se é nova, é porque tá passando recentemente na TV. E, pra mim, com faculdade, internet etc., "recentemente" e "TV" não fazem mais parte do mesmo contexto.
[/OFF]

(off) é a do Kapo, o suquinho de caixinha da Coca-Cola. Não me lembro com clareza, mas acho que:

Personagem principal: outro pivete, mais novo ainda.

Ia passeando o moleque pelo pátio da escola, quando surge um grupinho de brutamontes mirins. Ele resolve proteger o seu Kapo sabor chocolate, com medo de ser roubado, até que o ETzinho do Kapo aparece e transforma a embalagem em um skate voador irado (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!). O moleque foge voando dos maguilinhas e mike-tysonzinhos e aparece bem em frente a uma gatinha da terceira série. Esta, por sua vez, dá aquele sorriso do tipo "que tal uma pegaçãozinha no playgroud?" Até que surge a malévola diretora e o olha com um olhar inquisodor. Mas o surfista-prateado-pré-puberdade já está com tudo sob controle, com sua prancha já transformada em um inocente Kapo e com um encontro marcado pra hora do recreio.

Eu não tomo Kapo. Nada pessoal, mas não curto skates e tenho medo de altura. Fico com os Sucrilhos.

E depois disso só posso concluir uma coisa: nada de novela das 8, BBB ou Wagner Montes. Tirem as crianças da sala quando ouvirem a vinheta dos comerciais.