sábado, 31 de janeiro de 2009

Não por acaso

Hoje vi um filme cujo título é o mesmo do post. É um filme bem bacana, até dei um sorrisinho no fim. Não tenho gabarito para falar sobre filmes e odeio contar seus enredos (e que me contem também ¬¬), e por isso não farei nem um nem outro. Quero falar sobre outra coisa. Quero falar sobre destino, ou o seja lá como você o chame.

"Quem" é de fato esse senhor? Até que ponto ele é determinante em nossas vidas? Quando um acontecimento pode ser dito como resultado de uma escolha, uma eventualidade ou pré-determinado por um Ser Superior? Essas questões sempre me atormentam, pois acredito no livre-arbítrio assim como no Ser Superior. E é tão antagônico pensar:
"Eu tenho livre-arbítrio para fazer minhas escolhas, a vida é minha e faço o que bem quiser dela, mas o Ser Superior sabe o que é melhor para mim".

Minha intenção não é filosofar a fundo sobre algo tão maior para minha percepção humana - falha e unilateral -, mas às vezes me pergunto se o Ser Superior tem mesmo nosso destino já traçado. Será que nada do que faço é fruto do meu pensamento e das minhas decisões? Será o livre-arbítrio apenas um embuste para nos entreter?
E somos bombardeados o tempo todo com histórias do tipo "era para ser", "estava escrito nas estrelas" et cetera. Enredos de livros e filmes (reais ou ficcionais) nos "ajudam" muito a ter uma visão de que 0 destino nosso é este ou aquele, e fica tão difícil imaginar o contrário.
Por exemplo na sequência Antes do Amanhecer & Antes do Pôr-do-sol, como não acreditar que Celine e Jesse foram feitos um para o outro? Ou em A Lista de Schindler não acreditar que o seu destino era aquele? Que se não fosse ele, não seria ninguém mais?
Como não se deixar levar pela velha fábula de que "era o destino"?

Não sou de pregar ou impor minhas crenças aos outros, acredito que cada um é cada um. Sei que todo e qualquer ser pensa de uma determinada forma e respeito MESMO nossas diferenças. Não é porque meu semelhante pensa diferente de mim que isso significa que um pensa certo e o outro não. São as diferenças que nos aproximam e faz com que a humanidade - de certa forma - evolue. Mas será que pensamos diferente pelas nossas experiências de vida, pela nossa visão de mundo? Ou será pela vida já traçada de cada um?
Eu não sei. Você sabe?

Apesar de querer muito uma resposta sobre minhas dúvidas e saber que (talvez) nunca as obterei, não me deixo abater. Vou levando minha vida da melhor maneira que posso, acertando aqui, errando ali e torcendo para que o que eu mereço seja o que eu quero, pois no fim creio que obtemos apenas o que merecemos. Nada a mais, nada a menos.
Sei que o Ser Superior não é tão cruel com O pintam e gosto de pensar que quando Ele nos cria e nos manda para esse mundo, faz uma pergunta:
- O que você deseja?
E no fim, recebemos de acordo com nossa postura diante da vida que nos foi dada.

Um comentário:

O Lerdo disse...

Sou a favor do livre arbítrio e do destino. Acho que o Ser Superior nos deu a ferramenta pra que nós mesmos possamos contruir o caminho. Afinal, temos o direito de decidir qual estrada tomar, mas depois de escolhida a direção, não há mais volta. Não falo de "eu escolhi ser médico, e vou morrer médico", mas "eu escolhi ser médico, mas resolvi ser cantor". Você pode até ser cantor, mas não pode apagar seu passado como médico. Ser médico é um acidente de percurso indelével pelo qual você passou pra chegar ao seu destino. Aliás, o único destino certo e comum a todos é o destino final, a morte. Dos outros destinos eu até duvido. Deste, não.

Falei, falei e não cheguei a nenhum destino, mas "essa é minha opinião" huahuahuahuahuahuahuhauuha

P.S.: "Ser Superior" me lembra das alfinetadas de O Chato e O Idiota na época da escola.